v. 6 n. 2 (2021): Trabajo animal, trabajo humano
Dossier

(Ainda) Precisamos falar sobre a ceva: os animais não humanos como trabalhadores no turismo do Pantanal

Eveline Baptistella
Universidade do Estado de Mato Grosso

Publicado 2021-12-20

Palavras-chave

  • estudíos animales,
  • etnografia multiespecifica,
  • trabajo animal,
  • Pantanal,
  • animales
  • Animal Studies,
  • multispecies ethnography,
  • animal work,
  • Pantanal,
  • animals
  • estudos animais,
  • etnografia multiespécies,
  • trabalho animal,
  • Pantanal,
  • animais

Como Citar

Baptistella, E. (2021). (Ainda) Precisamos falar sobre a ceva: os animais não humanos como trabalhadores no turismo do Pantanal. Revista Uruguaya De Antropología Y Etnografía, 6(2). https://doi.org/10.29112/ruae.v6i2.999

Resumo

O presente artigo busca refletir sobre a questão dos animais não humanos silvestres enquanto trabalhadores no turismo de observação de vida livre a partir de etnografia multiespécies realizada no âmbito do Pantanal Norte-MT. Partindo de um contexto de revisão das relações entre espécies na sociedade contemporânea, discutimos a premissa de liberdade dos animais não humanos nas atividades turísticas e seus efeitos na construção de um imaginário de convivência harmônica entre animais humanos e não humanos, avançando pelo debate sobre as práticas nas quais o trabalho animal é legitimado e suas implicações entre os atores do turismo. Os dados foram analisados à luz de um referencial teórico interdisciplinar que marca os estudos animais e os resultados apontam que o turismo oferece uma rede de proteção relativa aos animais não humanos que é condicionada à expressão de comportamentos de submissão e as vulnerabilidades que tal trabalho proporciona são, geralmente, relativizadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. Adams, C. J. (2012). A política sexual da carne. São Paulo: Alaúde Editorial.
  2. Arini, J. (2009, abril). O alto preço de ver uma onça na natureza. Época, (570), 27.
  3. Arluke, A., e Sanders, C. (1996). Regarding animals. Philadelphia: Temple University Press.
  4. Baptistella, E. (2020). Animais não humanos e humanos no turismo do pantanal mato-grossense: da representação
  5. midiática ao encontro (Tese de doutorado). Universidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-
  6. Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea.
  7. Barbosa, L., Del Vecchio, V. e Schlickmann, G. (2021). Pantanal: resgate de jacarés e o fim deste blog. O Eco.
  8. Disponível em <https://www.oeco.org.br/noticias/luta-contra-a-fome-e-a-sede-realidades-duras-enfrentadas-
  9. pela-fauna-pantaneira/>.
  10. Bekoff, M. (2010). A vida emocional dos animais: alegria, tristeza e empatia nos animais. São Paulo: Cultrix.
  11. Burns, G. (2016). Animals as tourism objects: ethically refocusing relationships between tourists and wildlife. Em
  12. K. Markwell (Org.), Animals and tourism: understanding diverse relationships (edição eletrônica).
  13. Bristol: Channel View.
  14. Daly, N. (2019, junho). The wildlife we see, the suffering we don’t. Em National Geographic, 235(6): 44-77.
  15. Dias, R. (2008). Sociologia do turismo. São Paulo: Atlas.
  16. Fanaro, L. (2020). The domestic, the wild and its interstices: what a dog can do in Tierra del Fuego. Vibrant, 17(1), 1-22.
  17. Fennel, D. (2016). The status of animal ethics research in tourism. Em K. Markwell (Org.), Animals and tourism:
  18. understanding diverse relationships (edição eletrônica). Bristol: Channel View.
  19. Haraway, D. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press.
  20. Joy, M. (2014). Porque amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas: uma introdução ao carnismo. São
  21. Paulo: Cultrix.
  22. Kirksey, E., e Helmreich, S. (2010). The emergence of multispecies ethnography. Cultural Anthropology, 25(4),
  23. -576.
  24. Latour, B. (1994). Jamais formos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34.
  25. Macedo, J., Barbi, R., Branquinho, F., e Bergallo, H. (2016). Controvérsias entre a Amazônia rural e a conservação:
  26. um estudo sobre a rede sociotécnica nas Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e
  27. Amanã no Amazonas. Anuário Antropológico, 41(1), 99-121. https://doi.org/10.4000/aa.1698
  28. Mello, M. (2012). Animals and Society: an introduction to human-animal studies. Nova Iorque: Columbia
  29. University Press.
  30. Mitsch, W., e Gosselink, S. (2007). Wetlands. Toronto: Wiley & Sons.
  31. Porcher, J. (2014). The work of animals: a challenge for Social Sciences. Humanimalia: A Journal of Human-
  32. Animal Interface Studies, 6(1), 1-9. Disponível em <https://hal.inrae.fr/hal-02630023/document>.
  33. Ratamaki, O., e Peltola, T. (2016). Drama over large carnivores: performing wild life tourism in a controversial
  34. space. Em K. Markwell (Org.), Animals and tourism: understanding diverse relationships (edição
  35. eletrônica). Bristol: Channel View.
  36. Shiva, V. (2002). Monoculturas da mente. São Paulo: Gaia.
  37. Singer, P. (2010). Libertação animal. São Paulo: Martins Fontes.
  38. Süssekind, F. (2018, abril). Sobre a vida multiespécies. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, (69),: 159-178.
  39. Disponível em <https://www.scielo.br/j/rieb/a/QGfsZZN9GhBwP437fYhqgGw/?lang=pt>.
  40. Thompson, J. (2011). A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes.
  41. Vander Velden, F. (2011). Antas dos brancos, veados grandes, onças de criação. Comciência, (134), 1-5. Disponível
  42. em <http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542011001000009&lng=
  43. es&nrm=iso&tlng=es>.