Cortarse. Un análisis antropológico de las autolesiones en cárceles uruguayas
Publicado 2023-11-20
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Copyright (c) 2023 Cecilia Garibaldi, Mariana Matto Urtasun
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Resumo
Propomos analisar as representações e significados em torno da automutilação de pessoas privadas de liberdade no Uruguai, a partir dos resultados das pesquisas em presídios masculinos e femininos em Montevidéu e na área metropolitana entre 2015 e 2022. Ainda que as etnografias neste questão não tinham necessariamente entre seus objetivos investigar os significados do corpo e das feridas, esse nó surgiu a partir do compartilhamento dos achados do mesmo. O percurso metodológico incluiu nestas pesquisas a realização de entrevistas e observação participante, e em algumas a aplicação de questionários, oficinas e sistematização de dados secundários.
Este artigo descreve os significados atribuídos às lesões autoinfligidas por pessoas privadas de liberdade e as dimensões que emergem da análise de seus discursos, aprofundando-se em três delas. Qual é o lugar deles em sua experiência na prisão? Por outro lado, considerando que as investigações tiveram como interlocutores homens, mulheres, nacionais e não nacionais, cabe nos questionar, existem especificidades nestes sentidos entre homens e mulheres privadas de liberdade? E, finalmente, considerando que o gênero não é o único elemento que marca a diferença e a desigualdade, aparecem elementos distintivos no discurso de presos não uruguaios sobre essas práticas e discursos?