v. 8 n. 2 (2023): Violencias y sistemas penales en América Latina
Dossier

Mulheres e tráfico ilícito de drogas no Peru: trajetórias ao crime entre a violência e a resistência

Adriana Isabel Fernández Godenzi
Pontificia Universidad Católica del Perú
Bio
Valeria Lindley Llanos
Pontificia Universidad Católica del Perú
Bio
Macarena Gonzalez Espinosa
Bio
Ana Sofía Carranza Risco
Pontificia Universidad Católica del Perú
Bio

Publicado 2023-11-20

Palavras-chave

  • mujeres - género - violencia - tráfico ilícito de drogas - trayectorias de vida
  • women - gender - violence - drug trafficking - life trajectories
  • mulheres - gênero - violência - tráfico ilícito de drogas - trajetórias de vida

Como Citar

Fernández Godenzi, A. I., Lindley Llanos, V. ., Gonzalez Espinosa, M. ., & Carranza Risco, A. S. . (2023). Mulheres e tráfico ilícito de drogas no Peru: trajetórias ao crime entre a violência e a resistência. Revista Uruguaya De Antropología Y Etnografía, 8(2). https://doi.org/10.29112/ruae.v8i2.1893

Resumo

No Peru, mais da metade das mulheres encarceradas estão presas por um crime relacionado ao tráfico ilícito de drogas (TID). Neste artigo, analisamos a partir de uma abordagem feminista e de uma análise narrativa, 57 entrevistas com mulheres nas seis prisões com a maior população encarcerada por TID no Peru. Os resultados mostram cinco trajetórias rumo ao TID: 1) Envolvimento devido à urgência econômica, 2) Envolvimento devido a engano, 3) Envolvimento porque o TID é validado como um trabalho, 4) Envolvimento ligado ao seu relacionamento com seu parceiro e, 5) Envolvimento devido a eventos inesperados e dolorosos. Nas pesquisas feministas, as trajetórias nos permitem narrar realidades que transcendem a individualidade, mostrando o impacto de circunstâncias macrossociais e falhas estruturais na vida cotidiana. Da análise, é observado que tanto a violência estrutural—ligada à precariedade econômica e às limitadas oportunidades de desenvolvimento—como a construção de uma subjetividade feminina tradicional—expressada em “ser dos outros” e “ser para os outros”—as coloca em situações de vulnerabilidade por seu envolvimento neste crime, que coexiste com diferentes níveis de autonomia e agência de sua parte.

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