Huellas de la relación entre activstas de parto y feministas: des/encuentros en torno a la maternidad en el área matropolitana de Buenos Aires

Resumo

Nos percursos de uma investigação etnográfica sobre os ativismos pelo parto humanizado em Buenos Aires na década de 2010, foi recorrente a referência das ativistas ao tema da maternidade. Em suas modalidades de intervenção pública mencionaram frases como: “Maternidade soberana, meu corpo, minha decisão”. Uma forma de politização do pessoal, especificamente do corpo reprodutivo. Politização que sugere vínculos com os chamados feminismos de segunda onda. No entanto, algumas delas apontaram divergências relevantes com as militantes feministas, principalmente com as "históricas", como disseram. Assim, formou-se uma relação de alteridade “nós/eles”, em que o eixo em desacordo era a exaltação do corpo materno que as ativistas do parto humanizado propunham. Por isso, este artigo trata da relação incômoda entre ativistas do parto e setores do movimento feminista. A partir das entrevistas com uma militante do primeiro grupo ativista em Buenos Aires, o objetivo geral é investigar os primórdios da militância pelo parto humanizado em sua relação com os significados atribuídos ao corpo materno. São analisados ​​alguns atores-chave das décadas de 1960 e 1970 relacionados ao "ideal do parto sem dor" (Salem, 1987) no nível local. Suas recomendações para as mulheres giravam em torno das responsabilidades corporais no momento do trabalho de parto/parto e sobre o "bom" exercício da maternidade. Como objetivo específico, então, explora-se o vínculo desses postulados com as reivindicações dos feminismos da época para vislumbrar os vestígios dessa relação incômoda.