v. 7 n. 1 (2022): Antropologías Feministas
Dossier

ela Científicas (e mais que isso): reflexões sobre autocuidado, emoções, ética, agência e poder na pesquisa feminista

Andrea Isabel Aguilar Ferro
Colectiva Guatemala Menstruante

Publicado 2022-07-05

Palavras-chave

  • autocuidado,
  • investigación feminista,
  • agencia,
  • ética,
  • antropología
  • self-care,
  • feminist research,
  • agency,
  • ethics,
  • anthropology
  • autocuidado,
  • pesquisa feminista,
  • agencia,
  • ética,
  • antropologia
  • autocuidado,
  • pesquisa feminista,
  • agencia,
  • ética,
  • antropologia

Como Citar

Aguilar Ferro, A. I. (2022). ela Científicas (e mais que isso): reflexões sobre autocuidado, emoções, ética, agência e poder na pesquisa feminista. Revista Uruguaya De Antropología Y Etnografía, 7(1). https://doi.org/10.29112/ruae.v7i1.1495

Resumo

Nos últimos anos, em contextos acadêmicos, tanto antropológicos quanto feministas, temos sustentado reflexões sobre a necessidade de realizar pesquisas comprometidas, situadas e, em horizontes possíveis, colaborativas. Essas reflexões nos convidam a adotar considerações éticas pertinentes e relevantes com quem fazemos pesquisas. Neste artigo escrevo a partir de minha experiência como pesquisadora feminista e apresento alguns exemplos com pesquisas que me levaram a reconhecer a agência dos contextos em que pesquisamos e da própria pesquisa, na medida em que produzem experiência em nós, nos situam e nos afetam em múltiplas dimensões, incluindo nossas emoções. Especialmente derivado de minhas experiências em pesquisa colaborativa, reflito sobre a mutabilidade das posições que adotamos como pesquisadores, mas também como sujeitos de pesquisa. Estou falando de mutabilidade de posições na medida em que a experiência que se produz a partir da investigação nunca é e nunca será estática, nem para quem conduz as investigações, nem para quem nelas colabora. Nossas posições tornam-se mais complexas à medida que se entrelaçam com nossos afetos e afetos mútuos que podem vir a mediar nossa experiência com a própria pesquisa. Nesse sentido, também investigo a relevância de fazer pesquisas com nossos círculos, com nossos colegas, amigos e pares, não apenas em contextos acadêmicos, mas também de ativismo. Por fim, reflito sobre as implicações de nos posicionarmos e nos situarmos em experiências investigativas (colaborativas ou não), sobre as dinâmicas de poder que passam por essas experiências e sobre a necessidade de construir práticas de autocuidado para pesquisadores, a partir de nos reconhecermos como sensíveis seres.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. Aguilar Ferro, A. I. (2015). Salud Pública y Medicina Tradicional: Una mirada a la experiencia maya del cáncer en Guatemala. Guatemala. Universidad del Valle de Guatemala.
  2. Barad, K. (2014). Diffracting Diffraction: Cutting Together-Apart. En Parallax, 20(3), 168-187. doi: 10.1080/13534645.2014.927623
  3. Behar, R. (1996). The Vulnerable Observer. Anthropology That Breaks Your Heart. Boston: Beacon Press.
  4. Boscacci, L. (2018). Wit(h)nessing. En Environmental Humanities, 10(1), 343-347. doi: 10.1215/22011919-4385617
  5. Braidotti, R. (2008). Affirmation, Pain and Empowerment. En Asian Journal of Women’s Studies, 14(3), 7-36. doi: 10.1080/12259276.2008.11666049
  6. Buschmann, J., Homad-Hamam, G., Cabaña, G., & Murray, M. (2017). Manual de Antropología y Medios. Chile: Escuela de Antropología UC.
  7. Castañeda Salgado, M. P. (2008). Metodología de la Investigación Feminista. Guatemala. Fundación Guatemala.
  8. De la Cadena, M. (2017). Runakuna: humanos pero no solo. En Catálogo de la exposición Cale, cale, cale! Caale!!! realizada en Tabakalera Donostia. (pp. 221-235). España.
  9. DeVault, M. L. (1997). Personal Writing in Social Research: Issues of Production and Interpretation. En R. Hertz (Ed.), Reflexivity & Voice (pp. 217-228). Estados Unidos de América: SAGE Publications Ltd.
  10. Foucault, M. (1999). Estrategias de poder. Barcelona: Paidós Ibérica, España.
  11. Gil, S. L. (2021). Pensamiento feminista contemporáneo. (Re)pensar la política en tiempos de crisis. En M. Menéndez Díaz & M. García (Eds.), La vida en el centro. Feminismo, reproducción y tramas comunitarias (p. 259). México: Bajo Tierra A.C.
  12. Haraway, D. (1988). Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial Perspective. Feminist Studies, 14(3), 575. doi: 10.2307/3178066
  13. Hill Collins, P. (1993). Toward a New Vision: Race, Class, and Gender as Categories of Analysis and Connection. En Jean Ait Belkhir, Race, Gender & Class Journal, Vol. 1(No. 1 (Fall 1993), pp. 25-45.
  14. Hirsh, E., Olson, G. A., & Harding, S. (1995). Starting from Marginalized Lives: A Conversation with Sandra Harding. JAC, 15(2), 193-225. Recuperado de: http://www.jstor.org/stable/20866024
  15. Lorde, A. (1988). A Burst of Light: essays. Estados Unidos de América: Firebrand Books.
  16. Masson, L. (2017). Epistemología Rumiante. México-España: Pensaré Cartoneras.
  17. Moreno, E. (1995). Rape in the field. Reflections from a survivor. En D. Kulick & M. Willson (Eds.), Taboo. Sex, identity, and erotic subjectivity in anthropological fieldwork. (pp. 219-250). Reino Unido: Routledge.
  18. Mujeres AL BORDE, C. (2016). III Femzine AL BORDE: Autocuidado y sanación feminista para ingobernables. Colombia: Mujeres AL BORDE.
  19. Ramazanoğlu, C., y Holland, J. (2002). Feminist Methodology. Estados Unidos de América: SAGE Publications Ltd. doi: 10.4135/9781849209144
  20. Reinharz, S. (1992). Feminist Methods in Social Research. Estados Unidos de América: Oxford University Press.
  21. Rivera Álvarez, L. N. (2006). Autocuidado y capacidad de agencia de autocuidado. En Avances en Enfermería, 24(2 SE-Artículo de investigación), 91-98. Recuperado de: https://revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/35969
  22. San Román Espinosa, T. (2006). ¿Acaso es evitable? El impacto de la Antropología en las relaciones e imágenes sociales. Revista de Antropología Social, 15, 373-410.
  23. Tarzibachi, E. (2017). Cosa de mujeres: menstruación, género y poder. Argentina: Sudamericana.
  24. Vega, C. (2021). Rutas de la reproducción y el cuidado por América Latina. Apropiación, valorización colectiva y política. En M. Menéndez Díaz & M. García (Eds.), La vida en el centro. Feminismo, reproducción y tramas comunitarias. México: Bajo Tierra A.C.