ela Científicas (e mais que isso): reflexões sobre autocuidado, emoções, ética, agência e poder na pesquisa feminista
Publicado 2022-07-05
Palavras-chave
- autocuidado,
- investigación feminista,
- agencia,
- ética,
- antropología
- self-care,
- feminist research,
- agency,
- ethics,
- anthropology
- autocuidado,
- pesquisa feminista,
- agencia,
- ética,
- antropologia
- autocuidado,
- pesquisa feminista,
- agencia,
- ética,
- antropologia
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Copyright (c) 2022 Andrea Isabel Aguilar Ferro
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Resumo
Nos últimos anos, em contextos acadêmicos, tanto antropológicos quanto feministas, temos sustentado reflexões sobre a necessidade de realizar pesquisas comprometidas, situadas e, em horizontes possíveis, colaborativas. Essas reflexões nos convidam a adotar considerações éticas pertinentes e relevantes com quem fazemos pesquisas. Neste artigo escrevo a partir de minha experiência como pesquisadora feminista e apresento alguns exemplos com pesquisas que me levaram a reconhecer a agência dos contextos em que pesquisamos e da própria pesquisa, na medida em que produzem experiência em nós, nos situam e nos afetam em múltiplas dimensões, incluindo nossas emoções. Especialmente derivado de minhas experiências em pesquisa colaborativa, reflito sobre a mutabilidade das posições que adotamos como pesquisadores, mas também como sujeitos de pesquisa. Estou falando de mutabilidade de posições na medida em que a experiência que se produz a partir da investigação nunca é e nunca será estática, nem para quem conduz as investigações, nem para quem nelas colabora. Nossas posições tornam-se mais complexas à medida que se entrelaçam com nossos afetos e afetos mútuos que podem vir a mediar nossa experiência com a própria pesquisa. Nesse sentido, também investigo a relevância de fazer pesquisas com nossos círculos, com nossos colegas, amigos e pares, não apenas em contextos acadêmicos, mas também de ativismo. Por fim, reflito sobre as implicações de nos posicionarmos e nos situarmos em experiências investigativas (colaborativas ou não), sobre as dinâmicas de poder que passam por essas experiências e sobre a necessidade de construir práticas de autocuidado para pesquisadores, a partir de nos reconhecermos como sensíveis seres.
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