Pistas de reflexão teóricas sócio- antropológicas acerca das relações entre esporte (futebol) e religião. O caso brasileiro.
Publicado 2025-05-29
Como Citar
Copyright (c) 2025 CLAUDE PETROGNANI

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Resumo
Este texto procura refletir sobre as possíveis sinergias interpretativas e as perspectivas teóricas sociológicas e antropológicas entre esporte, mais especificamente o futebol, e religião.
A interrogação da relação entre esporte (futebol) e religião quer relançar a necessária contribuição e “imbricação” entre diferentes paradigmas disciplinares, o que significará, metodologicamente e simbolicamente, “operar no limiar da antropologia”.
Num primeiro momento, serão analisadas as principais perspectivas teóricas da antropologia e sociologia no debate entre esporte e religião: a saber, a perspectiva weberiana, marxista, simbólico-ritualística e durkheimiana. Em particular, será focalizada a atenção sobre o futebol, a “Surrogate Religion?”.
Em seguida, avançaremos algumas considerações entorno desta controversa relação, focando a nossa atenção, mais detalhadamente, no caso do futebol brasileiro, entorno das relações entre futebol e o campo evangélico em função da vasta e crescente visibilidade que hoje, este setor religioso, alcançou na sociedade e, em particular, no campo futebolístico no Brasil.
Downloads
Referências
- Aubert, N. (2011). La Société Hyper moderne, l’Individu Hyper moderne : Ruptures et contradictions. Troisième séminaire AFAPP.
- L’accompagnement des processus de construction identitaire : l’apport de la sociologie. http://www.afapp.org/images/docs/110530%20Nicole%20Aubert(2).pdf
- Augé, M. (1982). Football. De l’histoire social à anthropologie religieuse. Le Débat, v. 2, n. 19, 59-67.
- Barba, B. (2007). Un antropologo nel pallone. Roma: Meltemi.
- Berger, P. (1971[I ed. 1967]). La religion dans la conscience moderne. Paris: Centurion.
- Bobineau, O. (2011). La troisième modernité, ou « l'individualisme confinitaire ». SociologieS, Théories et Recherches. http://sociologies.revues.org/3536
- Bodin, D. & Héas, S. (2002). Introduction à la sociologie des sports. Paris: Chiron.
- Bouet, M. (1968). Signification du sport. Paris : Editions Universitaires.
- Brohm, J.-M. (1976). Sociologie politique du sport. Nancy.
- Bromberger, C. (1999[I ed. 1995]). Le match de football. Ethnologie d’une passion partisane à Marseille, Naples et Turin. Paris : Coédition Ministère de la Culture/Maison des sciences de l’Homme.
- Coles, R. W. (1975). Football as “Surrogate” Religion?. Sociological yearbook of religion in Britain, v.8, Londres.
- DaMatta, R. (30/05/2014). Futebol brasileiro: uma questão de fé. Entrevista. Jornal da PUC, Rio de Janeiro. http://jornaldapuc.vrc.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3569&sid=29
- Gayot, L. (2007). L'ideologie chez Marx: concept politique ou thème polémique ?. Actuel Marx en Ligne, n°32.
- https://nangaramarx.blogspot.com/2013/10/lideologie-chez-marx-concept-politique.html
- Guttmann, A. (1978). From Ritual to Record: the Nature of Modern Sports. New York: Columbia University Press.
- Ionescu, S. & Labridy, F. (2008). Comparaison des représentations religieuses du sport olympique chez les sportifs de haut niveau roumains et français : analyse de cas. Staps, v.1, n.79, 81-93.
- Jungblut, A. L. (1994). Entre o Evangelho e o Futebol: um estudo sobre a identidade religiosa de um grupo de Atletas de Cristo em Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - UFRGS, Porto Alegre.
- Martelli, S. & Porro, N. (2013). Manuale di Sociologia dello Sport. Milano: Franco Angeli.
- Montero, P. (2006). Religião, pluralismo e esfera pública no Brasil. Novos Estudos Cebrap, 74, 47-65.
- Petrognani, C. (2016). Futebol e religião no Brasil: Um estudo antropológico do “fechamento”. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – UFRGS/PPGAS, Porto Alegre.
- Petrognani, C. (2019). Religião e futebol no Brasil: analise do “fechamento. Civitas – Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre University Press, v.19, n.1, 247-260.
- Pierucci, F. (2012). O crescimento da liberdade religiosa e o declínio da religião tradicional: a propósito do censo 2010. Anuac, v. I, n. 2, 87-96.
- Prandi, R. et al (2019). Igrejas evangélicas como máquinas eleitorais no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 120, 13-23.
- Queval, I. (2004). S’accomplir ou se dépasser, essai sur le sport contemporain. Paris : Gallimard.
- Rial, C. (24/06/2013). “O ovo do diabo” e os jogadores de futebol como pastores neo-pentecostais. Entrevista. Revista Instituto Humanitas, n°424. https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5096-carmen-rial
- Sanchis, P. (1997). As religiões dos brasileiros. Horizonte, Belo Horizonte, v.1, n. 2, 28-43.
- Sterchele, D. & Molle, A. (2011). Introduzione. Sport, religione, spiritualità: nuovi spazi di ricerca e riflessione teorica. Religione e Società-Rivista di scienze sociali della religione. Pisa-Roma, v. XXVI, n. 71.
- Souza, A. R. de (2019). Pluralidade crista e algumas questões do cenário religioso brasileiro. In : Prandi, R. (Org.). Dossiê religião e modernidade. Revista USP, São Paulo, 13-23.
- Thuillier, J.-P. (2012). “A Rome déjà, un avocat gagnait cent fois moins d’argent qu’un sportif”. Entrevista. Rue89.
- https://www.nouvelobs.com/rue89/rue89-chez-aya-cissoko/20120208.RUE4495/a-rome-deja-un-avocat-gagnait-cent-fois-moins-d-argent-qu-un-sportif.html
- Toledo, L. H. (2001). Futebol e Teoria Social: Aspectos de Produção Científica Brasileira. BIB, São Paulo, n. 52, 133-165.
- Troger, V. (2007). Sport et dopage : Perversion marchande ou rêve de surhumanité ? Sciences Humaines, n.180. https://www.scienceshumaines.com/sport-et-dopage-perversion-marchande-ou-reve-de-surhumanite_fr_15331.html
- Turpin, J.-P. (1999). Le Sport : une religion décadente… Note polémique sur les discours « ritologiques » en sociologie du sport. Corps et Culture– Corps, Sport et Rites, n.4.
- https://journals.openedition.org/corpsetculture/637?lang=en
- Weber, M. (2003[I ed. 1922]). L'Éthique protestante et l'esprit du capitalisme. Paris: Gallimard.