Vol. 8 Núm. 1 (2023): El cuerpo reproductivo: intervenciones, producciones sexo genéricas, disidencias y luchas feministas.
Dossier

Cesáreas en el fuego cruzado: conflictos entre médicos y activictas del parto humanizado

Jaqueline Ferreira
Professora Associada do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Biografía

Publicado 2023-06-14

Cómo citar

Ferreira, J. (2023). Cesáreas en el fuego cruzado: conflictos entre médicos y activictas del parto humanizado. Revista Uruguaya De Antropología Y Etnografía, 8(1). Recuperado a partir de https://ojs.fhce.edu.uy/index.php/revantroetno/article/view/1910

Resumen

Brasil es considerado el segundo país del mundo en número de cesáreas. Tal procedimiento es fuertemente opuesto por activistas del parto humanizado que acusan a los obstetras de ser los responsables de esta “epidemia de cesáreas” en el país, generando fuertes conflictos con ellos. El estudio tiene como
objetivo analizar los argumentos de la entidad médica Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) contra los activistas del parto humanizado
con respecto a la acusación dirigida a los médicos por las indicaciones de cesáreas innecesarias con graves daños a la salud de los binomios madre-hijo.

La metodología se basó en la observación participante de los eventos de CREMERJ en 2019 y el análisis de documentos y material de prensa. Se observó que
la evidencia científica y la ideología política son utilizadas por ambos polos en un juego de saberes y disputas de poder.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

  1. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). (2008). O modelo de atenção obstétrica no setor de saúde suplementar no Brasil: cenários e perspectivas. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modelo_atencao_obstetrica.pdf
  2. Alvim, M. (2019). Como disputas ideológicas no país chegaram ao parto. BBC News Brasil. Recuperado de https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46643198
  3. Amorim, M. M. R., Souza, A. S. R., e Porto, A. M. F. (2010). Indicações de cesáreas baseadas em evidências: parte I. Femina, 38(8), 415-422. Recuperado de http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n8/a1585.pdf
  4. Amorim, Melania M. R. (2021). Indicações reais e fictícias de cesariana [Publicação em blog]. Recuperado de http://estudamelania.blogspot.com/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html
  5. Bastos, P. P. Z. (2017). Ascenção e crise do Governo Dilma Rousseff e o golpe de 2016: Poder estrutural, contradição e ideologia. Revista de Economia Contemporânea, 21(02). https://doi.org/10.1590/198055272129
  6. Câmara, R. (2018). Conflito de interesse ideológico na ciência. O Globo. Recuperado de https://oglobo.globo.com/opiniao/artigo-conflito-de-interesse-ideologico-na-ciencia-23301046
  7. Câmara, R., Bergqvist, L. P, Soares, M. B, e Filho, O. B. M. (2011). The history of vaginal birth. Arch Gynecol Obstet, 284(1), 1-11. https://doi.org/10.1007/s00404-011-1918-6
  8. Câmara, R., Burlá, M., Ferrari, J., Lima, L., Junior, J. A., Braga, A., e Filho, J. R. (2016). Cesarean section by maternal request. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 43(04), 301-310. https://doi.org/10.1590/0100-69912016004002
  9. Carneiro, R., (2011). Cenas de parto e políticas do corpo: uma etnografia de práticas femininas de parto humanizado (Tese de doutorado em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo).
  10. Castro, A. (1999). Commentary: increase in cesarean sections may reflect medical control not women’s choice. BMJ, 319(7222), 1401-1402. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/51356374_Commentary_increase_in_cesarean_sections_may_reflect_medical_control_not_women's_choice
  11. Chacham, A. S., Maia, M. B., e Camargo, M. B. (2012). Autonomia, gênero e gravidez na adolescência: uma análise comparativa da experiência de adolescentes e mulheres jovens provenientes de camadas médias e populares em Belo Horizonte. Revista Brasileira de Estudos de População, 29(2), 389-407. https://doi.org/10.1590/S0102-30982012000200010
  12. Chang, H. H., Larson, J., Blencowe, H., Spong, C. Y., Howson, C. P., Cairns-Smith, S.,… Lawn, J. E. (2013). Preventing preterm births: analysis of trends and potential reductions with interventions in 39 countries with very high human development index. The Lancet, 381(9862), 223-234. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)61856-X
  13. Chauí, M. (2001). O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense.
  14. Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ). (2019). Resolução CREMERJ n.º 293/2019. Publicada no DOERJ em 06/02/2019, Parte V. Recuperado de https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/RJ/2019/293_2019.pdf
  15. Constantino, R. (2014). É preciso fazer uma cesariana para extirpar o comunismo da Fiocruz. Gazeta do Povo. Recuperado de https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/e-preciso-fazer-uma-cesariana-para-extirpar-o-comunismo-da-fiocruz/
  16. Davis-Floyd, R., e Sargent, C. F. (1997). Childbirth and Authoritative Knowledge: Cross-Cultural Perspectives. Berkeley: University of California Press.
  17. Davis, J. E. (2006). How Medicalization Lost its Way. Society, 43(6), 51-56.
  18. Declercq, E. (2014). É a intervenção médica no parto inevitável no Brasil? Cadernos de Saúde Pública, 30(1), 39-40. https://doi.org/10.1590/0102-311XCO05S114
  19. Diniz, C. S. G. (2005). Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciência & Saúde Coletiva, 10(3), 627-637. https://doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019
  20. Eagleton, T. (1997). Ideologia. Uma introdução. São Paulo: UNESP.
  21. El Dib, R. P. (2007). Como praticar a medicina baseada em evidências. Jornal Vascular Brasileiro, 6(1), 1-4. https://doi.org/10.1590/S1677-54492007000100001
  22. Freidson, E. (2009). Profissão Médica. São Paulo: UNESP; Porto Alegre: Sindicato dos Médicos.
  23. Fleck, L. (1935[2010]). Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum.
  24. Freitas, P. F., Sakae, T. M., Jacomino, M. E. M. L. P. (2008). Fatores médicos e não-médicos associados às taxas de cesariana em um hospital universitário no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24(5), 1051-1061. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2008000500012.
  25. Gois, A. (2018). Nova diretoria do Cremerj posa fazendo aquele sinal que simula uma arma. O Globo. Recuperado de https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/nova-diretoria-do-cremerj-posa-fazendo-aquele-sinal-que-simula-uma-arma.html
  26. Gould, Stephen Jay. (1991). A Falsa Medida do Homem. Rio de Janeiro: Martins Fontes.
  27. Guedes, O. (2021). Levy Fidelix foi uma prévia de Bolsonaro, afirmam estudiosos da extrema direita brasileira. G1. Recuperado de https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2021/04/24/levy-fidelix-foi-um-previa-do-bolsonaro-afirmam-estudiosos-da-extrema-direita-brasileira.ghtml
  28. Hugues, G. M., e Heilborn, M. L. (2021). “Cesárea? Não, Obrigada!”: ativismo em uma comunidade online na busca pelo parto normal no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 37(4), 1-12. https://doi.org/10.1590/0102-311X00047620
  29. Kuhn, Th. (2006). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva.
  30. Latour, B., e Woolgar, S. (1997). A vida de Laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
  31. Leão, M. R. de C., Riesco, M. L. G., Schneck, C. A., Angelo, M. (2013). Reflexões sobre o excesso de cesarianas no Brasil e a autonomia das mulheres. Ciência & Saúde Coletiva, 18(8), 2395-2400. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000800024
  32. Leal, M. do C., Pereira, A. P. E., Domingues, R. M. S. M., Filha, M. M. T., Dias, M. A. B., Nakamura-Pereira, M.,… Da Gama, S. G. N. (2014). Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cadernos de Saúde Pública, 30(1), 17-32. https://doi.org/10.1590/0102-311X00151513
  33. Libertad, M. (2018). Bolsonaro coloca em risco Parto Humanizado. Jornalistas Livres. Recuperado de https://jornalistaslivres.org/bolsonaro-colaca-em-risco-parto-humanizado-no-brasil/
  34. Mascarello, K. C., Horta, B. L., e Silveira, M. F. (2017). Maternal complications and cesarean section without indication: systematic review and meta-analysis. Revista de Saúde Pública, 51, 105. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000389
  35. Nakano, A. R., Bonan, C., e Teixeira, L. A. (2015). A normalização da cesárea como modo de nascer: cultura material do parto em maternidades privadas no Sudeste do Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 25(3), 885-904. https://doi.org/10.1590/S0103-73312015000300011
  36. Oliveira, H. S. de (2017). PSOL-Relação da origem no desenvolvimento de sua organização, participação eleitoral e atuação parlamentar (Dissertação de Mestrado em Ciência Política, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos).
  37. Organização Mundial de Saúde (OMS). (2015). Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. Hum Reprod Program. Recuperado de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_por.pdf;jsessionid=340590071CFCC940398164DB93C098A7?sequence=3
  38. Palharini, L. A., e Figueirôa, S. F. de M. (2018). Gênero, história e medicalização do parto: a exposição “Mulheres e práticas de saúde”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 25(4), 1039-1061. Recuperado de https://www.scielo.br/j/hcsm/a/tVY7ZqQTFNHTCbSLLT8nnJn/?lang=pt
  39. Potter, J. E., Hopkins, K., Faúndes, A., Perpétuo, I. (2008). Women’s Autonomy and Scheduled Cesarean Sections in Brazil: A Cautionary Tale. Birth, 35(1), 33-40. Recuperado de 10.1111/j.1523-536X.2007.00209.x
  40. Rattner, D. (1996). Sobre a hipótese da estabilização das taxas de cesárea do Estado de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Pública, 30(1), 19-33. Recuperado de https://www.scielo.br/j/rsp/a/Md8J94wTVrfBG8x8fLp6dPH/?format=pdf&lang=pt
  41. Rattner, D. (2009). Humanização na atenção a nascimentos e partos: ponderações sobre políticas públicas. Interface. Comunicação, Saúde, Educação, 13(1), 759-768. https://doi.org/10.1590/S1414-32832009000500027
  42. Rocha, C., Solano, E., e Medeiros, J. (2022). Bolsonarismo. Em J. Szwaki e J. L. Ratton (Orgs.), Dicionário dos Negacionismos no Brasil. Recife: Cepe,
  43. Rosenberg, K. (1992). The evolution of modern human childbirth. American Journal of Biological Anthropology, 35(15), 89-124. https://doi.org/10.1002/ajpa.1330350605
  44. Rosenberg, K., e Trevathan, W. (1995). Bipedalism and human birth: The obstetrical dilemma revisited. Evolutionary Anthropol Issues, 4(5), 161-168. https://doi.org/10.1002/evan.1360040506
  45. Soares, C. M., Freitas, M. S., Teixeira, C. F., e Paim J. S. (2017). Análise do posicionamento das Entidades Médicas. 2015-2016. Saúde em Debate, 41(3), 74-86. https://doi.org/10.1590/0103-11042017S306
  46. Sobhy, S., Arroyo-Manzano, D., Murugesu, N., Karthikeyan, G., Kumar, V., Kaur, I.,… Thangaratinam, S. (2019). Maternal and perinatal mortality and complications associated with caesarean section in low-income and middle-income countries: a systematic review and meta-analysis. The Lancet, 393(10184), 1973-1982. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(18)32386-9
  47. Souza, M. J. de (2018). Discurso de ódio e dignidade humana: uma análise da repercussão do resultado da eleição presencial de 2014. Trabalhos em Linguística Aplicada, 57(2), 922-53. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651928
  48. Tornquist, C. S. (2002). Armadilhas da Nova Era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto. Revista Estudos Feministas, 10(2), 483-492. Recuperado de https://www.scielo.br/j/ref/a/4mpSbNhnq5dV5kV6WT8Tc5J/?format=pdf&lang=pt
  49. Tornquist, C. S. (2004). Parto e poder: o movimento pela humanização do parto no Brasil (Tese de doutorado em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis).
  50. Uchôa, S. A., Camargo, J. K. R. de (2010). Os protocolos e a decisão médica: medicina baseada em vivências e ou evidências? Ciência & Saúde Coletiva, 15(4), 2241-2249. Recuperado de http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/os-protocolos-e-a-decisao-medica-medicina-baseada-em-vivencias-e-ou-evidencias/318
  51. Waizbort, R. F., e Luz, M. R. M. P. da (2017). Medicina Evolutiva: Incorporando a Teoria da Evolução na Formação de Profissionais de Saúde Brasileiros. Revista Brasileira de Educação Médica, 41(4), 487-496. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n4RB20160074
  52. Weidle, W. G, Medeiros, C. R. G., Grave, M. T. Q., e Dal Bosco, S. M. (2014). Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cadernos de Saúde Coletiva, 22(1), 46-53. https://doi.org/10.1590/1414-462X201400010008
  53. Wittman, A. B., e Wall, L. L. (2007). The Evolutionary Origins of Obstructed Labor: Bipedalism, Encephalization, and the Human Obstetric Dilemma. Obstetrical & Gynecological Survey, 62(11), 739-48. Recuperado de 10.1097/01.ogx.0000286584.04310.5c
  54. Yeniel, A. Ö., Petri, E. (2014). Pregnancy, childbirth, and sexual function: perceptions and facts. International Urogynecology Journal, 25(1), 5-14. https://doi.org/10.1007/s00192-013-2118-7