Publicado 2025-09-27
Como Citar
Resumo
O ensaio investiga a imbricação entre natureza e educação no livro quarto do Émile. Reflete sobre a concepção rousseauniana de natureza como perspicácia e tirocínio prático do ser humano e analisa como tal concepção se entrelaça com a educação do gosto. Na sequencia, trata do modo como Rousseau faz o ideal de simplicidade brotar da educação ancorada no gosto natural, opondo lhe à artificialidade reinante nas relações humanas e sociais da época. Aborda como o modo de viver consigo mesmo e com os outros de uma maneira simples e autêntica constitui a forma espiritual de vida mais adequada para enfrentar a destrutividade do amor próprio inerente à condição humana. Nesse sentido, espiritualidade tem a ver, no contexto de formação moral do jovem Emílio, com a forma simples e autentica de vida alcançada pela educação do gosto.
Downloads
Referências
- Cooper, L. D. (1999). Rousseau, Nature, and the Problem of the good Life. The Pennsylvania State University Press.
- Dalbosco, C. A. (2006). Nartürliche Erziehung, Moralität und Mündigkeit bei Jean Jacques Rousseau. In H. Eidam & T. Hoyer (Eds.), Erziehung und Mündigkeit.
- Bildungsphilosophische Studien (pp. 53-70). Lit Verlag.
- Dalbosco, C. A. (2011a). Aspiração por reconhecimento e educação do amor próprio em Jean-Jacques Rousseau. Educação e Pesquisa, 37(3), 481-496.
- Dalbosco, C. A. (2011b). Reificação, reconhecimento e educação. Revista Brasileira de Educação, 16(46), 33-49.
- Dalbosco, C. A. (2011c). Educação natural em Rousseau. Das necessidades da criança e dos cuidados do adulto. Cortez Editora.
- Dalbosco, C. A. (2014). Condição humana e formação virtuosa da vontade: profundezas do reconhecimento em Honneth e Rousseau. Educação e Pesquisa,40(3), 799-812.
- Dalbosco, C. A., & Eidam, H. (2009). Moralidade e educação em Immanuel Kant. Editora Unijuí.
- Honneth, A. (2010a). Verdinglichung. Suhrkamp.
- Honneth, A. (2010b). Das Ich im Wir. Studien zur Anerkennungstheorie. Suhrkamp.
- Honneth, A. (2012). Untiefen der Anerkennung. Das sozialphilosophische Erbe Jean Jacques Rousseau. WestEnd, Neue Zeitschrift für Sozialforschung, 9(1-2), 47-64.
- Neuhouser, F. (2008). Rousseau's Theodicy of Self-Love. Evil, Rationality and the Drive for Recognition. Oxford.
- Neuhouser, F. (2009). Die normative Bedeutung von “Natur” im moralischen und politischen Denken Rousseaus. In R. Forst, M. Hartmann, R. Jaeggi & M. Saar (Eds.), Sozialphilosophie und Kritik (pp. 109-133). Suhrkamp.
- Neuhouser, F. (2012). Pathologien der Selbstliebe. Freiheit und Anerkennung bei Rousseau. Suhrkamp.
- Nussbaum, M. (2010). Sin fines de lucro. Por qué la democracia necesita de las humanidades. Katz Editores.
- Rousseau, J. J. (1969). Oeuvres complètes (Vol. 4). Bibliothèque de la Pléiade.
- Rousseau, J. J. (1992). Emílio ou da Educação (S. Milliet, Trad.). Bertrand Brasil.
- Rousseau, J. J. (2004). Emil oder Über die Erziehung. Reclam. Schäfer, A. (2002). Jean-Jacques Rousseau. Ein pädagogisches Porträt. Beltz