Publicado 2025-09-27
Como Citar
Resumo
Segundo Michel Foucault, a espiritualidade pode ser definida como o ato de modificar a si mesmo para ter acesso à verdade, contrapondo-se ao conceito moderno de filosofia, no qual o conhecimento consiste em uma análise da estrutura que assegura o acesso à verdade. Ignorada por boa parte da tradição filosófica, resgatar a espiritualidade consiste em colocar o sujeito como ponto central da filosofia. Não um sujeito possuidor de uma natureza humana e uma essência prévias a sua existência cultural, mas um sujeito constituído no meio de práticas sociais e relações de saber e poder, capazes de dar forma e substância à sua subjetividade. Neste contexto, a temática da liberdade se faz imprescindível, na medida em que este sujeito não precisa ser inerte aos modelos sociais existentes
Downloads
Referências
- Foucault, M. (1988). História da sexualidade: Vol. 2. O uso dos prazeres (5.a ed., M. T. C. Albuquerque, Trad.). Graal.
- Foucault, M. (1995). O sujeito e o poder. In H. Dreyfus & P. Rabinow (Eds.), Michel
- Foucault. Uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica (V. P. Carrero, Trad., pp. 231-249). Forense Universitária.
- Foucault, M. (1996). A verdade e as formas jurídicas. Nau Editora.
- Foucault, M. (1997). Iluminismo e crítica. Donzelli.
- Foucault, M. (2000). Ditos e escritos: Vol. 2. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento (E. Monteiro, Trad.). Forense Universitária.
- Foucault, M. (2006). Ditos e escritos: Vol. 5. Ética, sexualidade, política (2.a ed., E. Monteiro & I. A. D. Barbosa, Trads.). Forense Universitária.
- Rajchman, J. (1987). Foucault. A liberdade da filosofia. Zahar.