v. 17 n. 2 (2023): Dossier «Narrativas disidentes y otros modos de existencia»
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Uma memória narrativa como pista para desdobrar narrativas da história recente do Uruguai

Publicado 2023-12-27

Palavras-chave

Como Citar

Marotta, L. (2023). Uma memória narrativa como pista para desdobrar narrativas da história recente do Uruguai. Revista Fermentario, 17(2), 25–40. https://doi.org/10.47965/17.2.3

Resumo

O texto que se segue faz parte do ensaio pedagógico da graduação da carreira correspondente ao Professor de Educação Primária no Uruguai. 

A narrativa é usada como apoio, em torno de preocupações pedagógicas que surgiram durante o trabalho diário num contexto de educação não formal com crianças dos 6 aos 12 anos. Apesar desta categorização para o local onde as experiências ocorrem, as reflexões apresentadas excedem os limites que diferenciam os espaços institucionais de educação formal ou não formal.  

No texto, as discussões e as perguntas, sentimentos e opiniões que surgem num grupo de ensino são abordados a partir da tensão - ou com ela como desculpa- entre a moralidade como um dever implícito nos sistemas que operam em torno da educação e da ética pedagógica como o que um professor pode proteger por princípios e políticas educativas combinadas com o seu sentimento e pensamento sobre a profissão. 

O evento que arranca é a decisão de um grupo de professores de abordar a última ditadura cívico-militar no nosso país como uma proposta educativa, para 20 de maio, data em que é comemorada a marcha de silêncio convocada por Mães e Familiares dos Uruguaios Detidos e Desaparecidos.  

Esta narrativa procura reafirmar a defesa da escola ou dos ambientes educativos como instituições mediadoras de processos sociais. Onde o significado, a identidade e a cidadania são construídos. Procura refletir que ao longo das experiências vividas em momentos diferentes, os professores questionam onde surge a necessidade de abordar o passado recente. Se é uma necessidade exclusiva da nossa ou se vai além dela. As reflexões encontradas foram esclarecedoras que longe de ser uma prática de submissão a um discurso. Os seus propósitos eram emancipatórios. 

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