A actuação parresiastas de gestoras/es escolares em currículos de gênero: um relato de casos de escolas municipais de Campinas
Publicado 2023-06-30
Palavras-chave
- actuación,
- parresia,
- gestión escolar,
- currículos de género,
- cuidado de sí
- enaction,
- parrhesia,
- school management,
- self-care
- atuação,
- parresía,
- gestão escolar,
- currículos de gênero,
- cuidado de sí
Como Citar
Resumo
Michel Foucault (1930-1984) recupera em seu último curso no Collège de France a noção grega de parresía (falar francamente) enquanto um cuidado de si para uma ontologia do presente. Originalmente, essa modalidade de cuidado de si estava relacionada a um cuidado do outro em uma situação de risco ao próprio cuidador. Conserva-se aqui este entendimento sobre a parresía, porém, como pensá-lo nas experiências contemporâneas de uma gestão escolar ocupada com currículos de gênero? São utilizadas transcrições integrais obtidas de oito entrevistas semiestruturadas com gestores/as escolares, em quatro escolas participantes da cidade de Campinas – SP, para responder quais são os contextos de aparição de uma prática parresiasta e quais os atores que ousam enunciar um dizer-verdadeiro acerca das relações de gênero nesses espaços.
Downloads
Referências
- Ball, S. (1994). Education reform: a critical and post-structural approach. Buckingham; Philadelphia, PA: Open University Press.
- Ball, S. (2001). Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem Fronteiras, v.1, n.2, p.99-116.
- Ball, S. (2013). Foucault, power and education. Londres: Routledge.
- Ball, S.; Maguire, M. y Braun, A. (2012). How schools do policy: policy enactment in secondary schools. Londres: Routledge.
- Bento, B. O que é transexualidade?. (2008). São Paulo: Brasiliense, 2008.
- Brasil. (1997b). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.
- Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
- Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico.
- Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Educação é a Base.
- Brasília, MEC/CONSED/UNDIME.
- Butler, J. (2018). Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa da assembleia. Tradução: Fernanda Siqueira Miguens. Revisão técnica: Carla Rodrigues. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
- Foucault, M. (2003). A verdade e as formas jurídicas. Tradução: Roberto Cabral de Melo Machado e Eduardo Jardim Morais.
- Rio de Janeiro: NAU Editora.
- Foucault, M. (2011a). A coragem da verdade: o governo de si e de outros II : curso no Collège de France (1983-1984). Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo, SP: WMF Martins Fontes.
- Foucault, M. (2011b). O governo de si e dos outros: curso dado no Collège de France (1982-1983). Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes.
- Foucault, M. (2014). História da sexualidade 3: o cuidado de si. Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica: José Augusto Guilhon Albuquerque. Coleção biblioteca de filosofia e história das ciências. São Paulo: Paz e Terra.
- Louro, G. L. (2000). Currículo, gênero e sexualidade. Porto: Porto.
- Louro, G. L. (2014). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista.16. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes.
- Miskolci, R. (2012). Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica: Editora da UFOP.
- Miskolci, R.; Campana, M. (2017). “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Revista Sociedade e Estado, v.32, n.3, set./dez. 2017.
- Preciado, P. (2018). Testo junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. Tradução: Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: n-1 Edições.
- Prefeitura Municipal de Campinas. (2012). Diretrizes Curriculares da Educação
- Básica para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais: Um Processo Contínuo de Reflexão e Ação. Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Municipal de Educação,Departamento Pedagógico. Organização e coordenação: Heliton Leite de Godoy.Campinas.
- Rolnik, S. (2018). Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. N-1 Edições.
- Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, v.20, n,2, p.71-99.
- Silva, T. T. (1995). Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-moderna. Borges, A. S. et al. (Org.); Tozzi, D. (Coord.). Currículo, conhecimento e sociedade (pp. 125 – 142). São Paulo: FDE.
- Silva, T. T. (2015). Documentos de identidade: uma introdução as teorias do currículo. 3. Ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
- Vianna, C. (2018). Políticas de educação, gênero e diversidade sexual: breve história de lutas, danos e resistências. Série Cadernos de Diversidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora.