v. 13 n. 1 (2019): Escuela: problema filosófico
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Educação da atenção e emancipação intelectual

Publicado 2019-12-29 — Atualizado em 2019-12-29

Como Citar

Patutti, D. (2019). Educação da atenção e emancipação intelectual. Revista Fermentario, 13(1), 18–32. https://doi.org/10.47965/fermen.13.1.3

Resumo

Segundo Rancière, a inteligência humana é uma potência que não se divide e não há senão um único poder: o de prestar atenção. Aprende-se novas línguas, fatos e ideias exercendo apenas a força de atenção. Segundo ele, é o ato de atenção quem faz agir a inteligência sob a coerção absoluta de uma vontade, em uma determinada direção, segundo os esforços que ela dedica. A emancipação intelectual ocorreria junto ao desenvolvimento da força de atenção, a qual, progressivamente, liberaria a inteligência das amarras mentais e emocionais engendradas pela falsa crença na incapacidade e inferioridade intelectual. Por sua vez, na filosofia de Epicteto de Hierápolis, a educação da atenção ocupa um lugar central, pois o desenvolvimento da atenção é considerado imprescindível para o aprendizado da arte do bem viver. Segundo ele, a liberdade e a felicidade poderiam ser conquistadas via um treinamento da atenção sobre si mesmo e sobre o mundo.

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Referências

  1. Epicteto (1956) The Discourses of Epictetus as reported by Arrian. 2 Volumes, Books I- IV, Encheirídion and Fragments. Londres: Harvard University Press.
  2. Rancière, J. (2011) O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. São Paulo: Autêntica
  3. Türcke, C. (2010) Sociedade excitada. Filosofia da sensação. Campinas: Editora Unicamp.
  4. __________. (2016) Hiperativos! Abaixo a cultura do déficit de atenção. São Paulo: Paz & Terra.