Publicado 2023-12-28
Palavras-chave
- Frida Kahlo,
- cyborg,
- cuerpo,
- América Latina,,
- biopoder
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- Latin America,
- biopower
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- cyborg,
- corpo,
- América Latina,
- biopoder
Como Citar
Copyright (c) 2023 Eliana Laurino Cadenasso, Fabiana González Alzamendi, Giuliana Mardero Gastelumendi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Resumo
O pensamento latinoamericano, devido às fortes influências da colonialidade do saber e do domínio do pensamento cartesiano ocidental, tem reproduzido dualismos em torno do pensamento sobre diferentes dimensões da vida: corpo-mente, natureza-cultura, natural-artificial. No entanto, foram propostas
alternativas que abalam as estruturas do pensamento dualista, que nos permitem pensar a vida a partir de outro lugar. A esse respeito, refletimos sobre a vida-obra de Frida Kahlo (1907-1954), artista que encarnou e manifestou em sua arte as condições de seu tempo: a Revolução Mexicana e a militância
da esquerda latinoamericana, caracterizada por um forte patriotismo, em que ela participa. Da mesma forma, explora as doenças e enfermidades pelas quais passa, e as múltiplas operações e processos de reabilitação aos quais deve se submeter, pelo qual o corpo deficiente adquire um lugar de destaque em seu trabalho. O objetivo deste ensaio é problematizar como a artista joga com as representações do corpo, tomando como ponto de partida a ideia de Donna Haraway sobre o cyborg. Ao longo de sua obra, Frida é e representa corpos que rompem com a hegemonia, que transgridem e se formam nas rupturas das oposições binárias do colonial, patriarcal e ocidental. Dessa forma, a vidaobra de Frida também expõe a microfísica do poder, lançando luz sobre a instabilidade dos limites inventados pela razão tecnológica como soberana do corpo e propondo novas formas de experimentar a existência.
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