Clube Guarani: uma narrativa etnográfica das vivências de um clube negro no extremo sul do Brasil
Publicado 2019-12-17
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Resumen
Este artigo tem por objetivo apresentar algumas narrativas etnográficas tecidas durante pesquisa realizada junto às famílias negras que fundaram o Clube Guarani, na cidade brasileira de Arroio Grande, localizada próximo à fronteira com o Uruguai, região fortemente marcada pelo latifúndio, a escravidão, o patriarcado. Fundado em 1920, com o intuito de reunir em sociabilidade as famílias que eram proibidas de frequentar os demais clubes sociais da cidade, devido à discriminação racial, o Guarani é considerado por seus fundadores e sócios uma só família. Com aportes do campo da Antropologia Urbana e das Etnografias das Populações Afro-americanas, este trabalho reúne ao tema das associações negras no sul do continente americano as motivações, dilemas e alegrias que permearam a trajetória do Clube, desde sua fundação até sua transformação em Ponto de Cultura. Consideram-se, portanto, os fenômenos em seus múltiplos cruzamentos de racialidade, gênero e classe.
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